sábado, 4 de setembro de 2010

AGROTOXICOS: CIENTISTA AFIRMA QUE GLIFOSATO PRODUZ MALFORMAÇOES EMBRIONARIAS EM ANIMAIS

O pesquisador argentino Andrés Carrasco confirmou que o glifosato, o agrotóxico mais utilizado na monocultura de soja na Argentina e usado na monocultura de eucaliptos no Brasil, “causa malformações em embriões de anfíbios e frangos”.


“O que hoje é negocio para alguns, amanha será desastre para muitos. Deveria reformular-se o método de produção”, afirmou o chefe de Embriologia Molecular da Universidade Nacional de Buenos Aires e investigador principal do Conselho Nacional de Investigações Cientificas e Técnicas (CONICET) da Argentina.
Como resultado de um estudo de vários anos, Carrasco elaborou em 2009 um informe onde afirma que o glifosato “é altamente tóxico” pelo que “afeta diretamente a saúde de humanos e animais”.
“Concentrações ínfimas de glifosato, bem menores que as utilizadas na agricultura, são capazes de produzir efeitos negativos na morfologia do embrião, sugerindo a possibilidade de que estejam interferindo nos mecanismos normais do desenvolvimento embrionário”, sinaliza o informe.
Agora, o investigador ratificou os resultados das suas pesquisas e em declarações a imprensa disse que “nossos experimentos demonstram que o glifosato é capaz de produzir malformações”.
“É verdade que o glifosato, sendo o mais utilizado, é apenas um dos herbicidas em questionamento, mais quando falamos destas coisas estamos falando das conseqüências de todos os agrotóxicos”, destacou o pesquisador.
A pesquisa foi publicada este mês na revista científica Chemical Research Toxicology e foi apresentada nas ultimas horas pelo próprio Carrasco no Estado de Córdoba (Argentina) no Encontro de Médicos de Povos Fumigados com Agrotóxicos.
Carrasco disse que deveriam se realizar todos os estudos epidemiológicos para determinar a periculosidade dos agrotóxicos.
“Deve haver uma decisão política e não se deveria chegar aos extremos de ter incrementos na taxa de câncer ou malformações, no entanto que o Estado não admite o problema” questionou o cientista-.
Sinalizou que porem o glifosato não está proibido na Europa, “lá não é usado como aqui”, destacando que na Argentina se utilizam uns 200 milhões de litros de glifosato por ano.



http://www.lanoticiadigital.com.ar/MuestraNoticia.asp?id=14303

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